11 de dez. de 2011

Harmonizações curiosas


Adoro quando me surpreendem com uma ideia diferente. Hoje, fazendo uma pesquisa sobre a Toscana, achei o site de uma "Enolibreria" chamada Carlo Lotti Libraio localizada em uma província de Florença. A proposta do lugar é harmonizar os vinhos italianos com livros, filmes e CDs. Sensacional! Eles sugerem, por exemplo, beber um elegante e poderoso Ornellaia para assistir O Poderoso Chefão, ou um vinho psicodélico como o Galatrona para ouvir Wish you were here, do Pink Floyd.

Outro dia, já tinha achado inusitada uma proposta de harmonização de bebida com música proposto pelo site Drinkify que eu encontrei no blog "Comes e Bebes" do Marcelo Katsuki. Bom, como agora estou ouvindo Amy Winehouse, resolvi testar o site e o resultado foi ótimo: uma garrafa de Cabernet.


10 de dez. de 2011

Homemade is best

Para mim, livro de receita que não tem a foto das comidas não tem graça. Adoro decidir o que fazer olhando para a foto do prato. Mas este livro lançado pela marca sueca de móveis e decoração Ikea e chamado "Homemade is best", faz mais do que mostrar o resultado final da receita, ele traz uma foto dos ingredientes dispostos como se fossem uma obra de arte - lindo e minimalista! Uma inspiração a mais na hora do preparo da receita.

O livro contém 30 receitas suecas clássicas, mas infelizmente só foi disponibilizado na Suécia.






4 de dez. de 2011

Bolo Farofinha

Eu tinha ficado responsável pelo bolo de aniversário da minha mãe na festa do sítio. Bom, como não sabia que bolo fazer, fui consultar uma pessoa que confio bastante no bom gosto: a mãe da Luise - Dona Alba.

Depois de fuçar no seu livro de receitas, ela achou a de um bolo chamado Farofinha. Segundo ela um bolo fácil de fazer e muito gostoso. Munida da receita e de duas formas redondas emprestadas, lá fui eu toda serelepe fazer o bolo.

Comecei pela massa e a farofa foi bem simples de fazer. Fiz então o creme, e aparentemente tudo ia muito bem até eu colocar o creme por cima da massa na forma - ele havia queimado no fundo e eu não tinha visto. Terminei de fazer o bolo fingindo que nada tinha acontecido e pensando que talvez o creme não ficasse assim com muito gosto de queimado. Esperei até o outro dia e experimentei umas 5 vezes para ter certeza do resultado: creme com muito gosto de queimado e bolo estragado. Bom, estas coisas acontecem e não podemos nos abalar com fracassos esporádicos. Então, fiz novamente o bolo na sequencia que joguei o outro no lixo, prestando bastante atenção na hora do creme (mudei de panela, coloquei em fogo baixo e fiquei mexendo de vez em quando). O bolo ficou lindo e perfeito, mas era tarde demais para levá-lo para o aniversário da mamãe, pois ele deveria ter ficado na geladeira.

De qualquer forma, o bolo é muito gostoso mesmo. A farofa do fundo do bolo fica molhadinha e a de cima fica crocante, texturas ótima, adoro!



BOLO FAROFINHA

Tempo de Preparo: 40 minutos

Ingredientes:

Massa


- 100g de manteiga
- 1 xícara de açúcar
- 1 ovo
- 1 colher de sopa de caldo de limão
- 16 colheres de sopa bem cheias de farinha de trigo
- 1 colher de fermento

Creme


- 2 colheres de sopa de manteiga
- 2 colheres de sopa de maisena
- 2 gemas
- 1 lata de leite condensado
- 1 lata de creme de leite
- 2 latas de leite fresco

Preparo:

1. Junte todos os ingredientes da massa e faça uma farofa. Reserve.
2. Misture todos os ingredientes do creme, leve ao fogo baixo (mexendo de vez em quando) e desligue quando levantar fervura.
3.  Unte uma forma redonda e alta, coloque metade da massa, depois o creme e finalize com a outra metade da farofa.
4. Asse em forno médio até ficar douradinho.
5. Retire do forno, deixe esfriar um pouco e coloque na geladeira de um dia para o outro.

Aniversário da mamãe - Parte II

Como já havia dito no post anterior, devido à importância da data, resolvemos fazer o aniversário da mamãe em duas etapas. A primeira organizada por mim e a segunda pela Má. 

Eu sei que a Má é uma pessoa empolgada, mas de vez em quando ela ainda me surpreende. Bolou um churrasco japonês no sítio recém comprado da família. A questão é que o sítio ainda não tem uma infraestrutura para eventos, mas a Má não se abalou, tirou do seu armário todos os seus apetrechos de camping e montou toda a festa. 



Para quem nunca foi a um churrasco de japonês, algumas coisas devem parecer estranhas: tem niguiri (bolinho japonês),



tem salada de harussamê (receita da Má que depois espero que ela escreva aqui no blog),


tem docinhos japoneses (moti, manju...) - estes aqui foram comprados na Liberdade mesmo,


e tem, claro, a japonesada.


Eu fiquei responsável pelo bolo, mas tive alguns problemas que escreverei no post seguinte.

Aniversário da mamãe - Parte I

Minha mãe fez 60 anos. Para a cultura japonesa, chegar aos 60 anos é o chamado Karenki , que significa “voltar ao calendário”, ou seja, voltar a ser criança – data que marcava o início da velhice e início da “segunda infância”. Hoje em dia, acho que 60 anos não é mais algo que marca o início da velhice – pelo menos minha mãe está ótima e não aparenta nada as velhinhas de 60 anos do passado. Mas a idéia de voltar a ser criança sempre me pareceu bacana – no sentido da alegria, entusiasmo e leveza da infância poder, aos 60, chegar acompanhada da maturidade. Bom, para minha mãe, o melhor dos 60 anos é ganhar o direito de andar de ônibus de graça.

A data pedia então uma comemoração especial – que foi divida em duas partes: no dia fomos ao Restaurante Jun Sakamoto e no final de semana, fizemos uma festa.

Sempre quis ir ao Jun Sakamoto, mas não tinha tido oportunidade ainda. Achei que ir ao melhor restaurante japonês de São Paulo combinava com a data e com minha mãe oriental.

A grande sensação de ir ao restaurante escolhido é sentar-se ao balcão – que tem apenas 8 lugares e precisa de reserva – e comer o menu degustação. Mas achei que uma celebração no balcão seria meio estranha e reservei uma mesa mesmo.

De entrada, veio um tofu com ceviche. O tofu tinha a cor e a textura de pudim de leite (maravilhoso) e um sabor docinho que até meu cunhado que não gosta do queijo adorou. A combinação com o ceviche era muito boa. Aprovadíssimo.

 

Para beber, pedimos a indicação de um saquê e nos indicaram um feito com o arroz tipo yamadanishiki (que segundo nos informaram no dia é o rei do arroz para saquê) e, ao contrário dos outros que são servidos quentes, este é servido gelado. Uma delícia!


Os pratos estavam todos muito bons e o mais bonito era o da Má: um atum com crosta de gergelim e cogumelos.


De sobremesa pedimos frutas picadas com sorvete de coco e figos com sorvete de figo. Tudo bem gostoso.



E o melhor é que a conta veio menor do que eu esperava: R$ 85,00 por pessoa. Nada que não se gaste normalmente por aí em restaurantes japoneses.

Jun Sakamoto
Rua Lisboa, 55 - Pinheiros - São Paulo